VIVENDO A VIDA ABUNDANTE.
TEMA 4: O FRUTO.
“Nisto é glorificado o meu Pai: que deis muito fruto...” (Jo 15: 8)
Que igreja você freqüenta? Qual é a sua denominação? Qual é a sua declaração de fé? Quais são as obras da sua igreja? Quais são as experiências espirituais que você teve? Essas são as primeiras perguntas que deveríamos fazer aos discípulos? Duvido que Jesus se preocupasse em nos fazer tais perguntas se o encontrássemos na rua. Imagino que Ele não nos perguntaria nada. Faria perguntas à nossa esposa, filhos e vizinhos sobre os frutos das nossas vidas. Perguntaria se alguém se sentiu atraído por Deus ou sentiu a presença de Deus quando esteve conosco. Ele me conheceria pelo meu fruto. Frutos não mentem. Muitas das coisas feitas em Seu nome têm sido uma mentira e com freqüência acreditamos nelas. Infelizmente as declarações de fé podem ser falsas. Mas o fruto não. Como discípulos, precisamos amar muito além das boas intenções e compartilhar as intenções de Deus. Caso contrário Jesus não nos reconhecerá como seus discípulos. Ele só reconhece o que Ele produz (Mt. 7: 21-23).
O ALVO ERRADO!
Durante todo o meu ministério em outras igrejas, aprendi que o fruto do meu pastorado seria uma igreja maior, pois muitas pessoas seriam salvas e iriam para o céu. Constantemente examinava meu esforço e eficiência. Até porque só era questionado sobre “a quantidade de pessoas da minha igreja”, “o quanto eles contribuíam para a obra”, ou ainda “o quanto estavam mobilizados, nesse esforço”; não fui ensinado que o mais importante é o ser do que o fazer. Não fui questionado sobre quantos membros da minha igreja tinham Cristo nas suas vidas; sobre o nível de satisfação que a igreja tinha em Deus, de quantos verdadeiramente estavam permanecendo. Em fim, o fruto de João 15 por muitos foi resumido a resultados, e a essência que é a Videira foi esquecida. Quando fazemos do nosso esforço a essência, então nosso fruto
será insatisfação, competição e orgulho institucional. O processo do fruto não começa no que está faltando, e sim no que é abundante: a presença de Jesus. Como a falta poderia produzir abundância? Como pode o esforço produzir essência? Jesus disse claramente que isso não seria possível (Jo. 15: 5; Mt. 11: 28,29).
QUAL É O FRUTO DE JOÃO 15?
O fruto de João 15 não é a salvação. Jesus é o fruto para salvação. A salvação é o fruto que apenas Jesus poderia produzir, e Ele o fez. O fruto de João 15 é o resultado da salvação. Ainda que ele inclua poder para evangelizar, ele é muito mais que evangelismo. Este fruto é a glória de Deus sendo liberada por intermédio de nossas vidas. É Deus que se tornou visível e disponível em todos os seus atributos, não apenas no aspecto do perdão dos pecados. Este fruto são as obras que levam pessoas a confiar em Deus completa e diariamente. Foi isso que Jesus disse em Mateus 5: 16. Este fruto nasce de um relacionamento alegre e sem barreiras com a Videira. É o resultado do que o Espírito de Jesus produz por nosso intermédio quando habita em nós e quando habitamos nele. (Gl. 5: 22). Tudo isso estava em Jesus e agora está
O que podemos fazer para dar mais frutos?
Em primeiro lugar aprenda a dizer “estou permanecendo” em vez de “vou permanecer” ou “quero permanecer”. O pensamento “estou permanecendo” credita o permanecer aos feitos de Deus e não aos seus. Você permanece porque Ele veio habitar em você, está de fato permanecendo nEle neste momento. Lembre-se: o que você pode sentir que está faltando, não está. Em segundo lugar, receba mais e mais das intenções de Deus. Leia a Sua Palavra, são muito mais que idéias, Suas Palavras são Vida (Jo. 6: 63b). São elas que nos tornam e nos mantêm limpos (Jo. 15: 3).